quinta-feira, 5 de maio de 2011

'Soldadinho' ajuda a desvendar evolução de asas dos insetos

Estrutura acima da cabeça pode ser espécie de 'asa'  (Foto: Nature)
Estrutura acima da cabeça pode ser espécie de 'asa' (Foto: Nature)
  Eles são mestres do disfarce. Conhecidos popularmente no Brasil como “soldadinhos”, os insetos da família Membracidae são parentes das cigarras e intrigam os cientistas há anos pelas variadas formas de seus “capacetes” – estruturas  na parte de cima de seus tórax.

Agora, um estudo da revista “Nature” propõe que esse segmento de formato estranho pode ser, na verdade, um terceiro par de asas que não é usado para voar. Isso pode ajudar os pesquisadores a desvendar como ocorreu a evolução dos insetos.
As asas dos insetos geralmente surgem do segundo ou do terceiro segmentos do tórax desses animais. Os cientistas acreditavam que elas nunca vinham do primeiro. No entanto, a equipe do pesquisador francês Benjamim Prud’homme, do Instituto de Biologia de Marselhe, acredita que os “soldadinhos” sejam a exceção a essa regra.
Estrutura ocorre em formatos, cores e tamanhos diferentes  (Foto: Nature)

       Estrutura ocorre em formatos, cores e tamanhos diferentes (Foto: Nature)
Fonte: g1.com.br

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

País estuda combustível de microalga

Algas como fonte de Green-Bio-Combustíveis  Cientistas brasileiros ingressaram na corrida para tornar economicamente viável a produção de combustível extraído de algas microscópicas. Na opinião dos pesquisadores, recursos escassos e equipes que atuam de forma solitária ainda constituem obstáculos para o avanço do País.
O desafio é imenso. Só não supera as promessas. De todas as fontes de biocombustíveis, nenhuma oferece produtividade tão grande. Das plantas superiores - com raiz, tronco e folhas -, a melhor opção para produção de óleo - e, depois, biodiesel - é o dendê: cada hectare produz 4,4 mil litros por ano. Algumas microalgas produzem até 90 mil litros em idêntica área e no mesmo período: ou seja, quase 20 vezes mais.

A disparidade tem uma explicação simples. Só as sementes do dendê - uma pequena parcela da planta - contêm óleo. E, mesmo assim, apenas 22% do volume das sementes pode ser aproveitado. Já as microalgas funcionam como minúsculos reservatórios de lipídeos, matéria-prima do combustível. Em algumas espécies, o aproveitamento chega a 90% da biomassa produzida.
E as vantagens não terminam aí. Há microalgas que apreciam águas salobras ou águas com resíduos - o esgoto é rico em fosfatos e nitratos, que servem como nutrientes. O uso de tais microrganismos aliviaria a demanda por água doce e limpa, que costuma ser alta em culturas convencionais para produção de biocombustíveis, como soja e cana-de-açúcar.
Não ocorreriam flutuações significativas de safra, pois as microalgas são menos sensíveis a geadas, estações do ano, ao sol e à chuva. Além disso, regiões como o semiárido brasileiro poderiam encontrar sua vocação econômica com fazendas de microalgas. Não haveria desperdício de solo - pouco produtivo na região - e haveria luz de sobra para a fotossíntese das algas. O lençol freático de água salobra forneceria o meio de cultivo.
Por fim, as microalgas são ótimos fixadores de carbono contribuindo para atenuar o aquecimento global. Não é a toa que notáveis como Craig Venter e Bill Gates decidiram investiram fortunas naquilo que julgam ser o combustível do futuro.